Compositor carioca, letrista, ator, poeta, radialista e advogado formado.
Mário Lago é filho de um maestro, Antônio Lago e de Francisca Maria Vicencia Croccia Lago, mas desde cedo se dedicou às letras. Começou pela poesia, e teve seu primeiro poema publicado aos 15 anos. Depois de se tornar advogado, envolveu-se com o teatro de revista, escrevendo, compondo e atuando. A primeira música popular escrita por Mario Lago foi com "Menina, Eu Sei de uma Coisa" em parceria com Custódio Mesquita, gravada em 1935 por Mário Reis. Três anos depois, Orlando Silva realizou a famosa gravação de "Nada Além", da mesma dupla de autores. Entre suas músicas mais importantes estão "Ai que Saudade da Amélia", "Atire a Primeira Pedra", ambas com Ataulfo Alves, "É Tão Gostoso, Seu Moço", com Chocolate, que ficou conhecida na voz de Nora Ney, "Número Um" (com Benedito Lacerda), o samba "Fracasso" e a marchinha de carnaval "Aurora", em parceria com Roberto Roberti, famosa na interpretação de Carmen Miranda. "Amélia", com seus versos "Amélia não tinha a menor vaidade/ Amélia é que era mulher de verdade", ficou tão popular que o termo se tornou sinônimo de mulher submissa, dedicada aos trabalhos domésticos, que não reclama. Mário Lago ficou conhecido do grande público graças a seu trabalho como ator. Desde a época das novelas de rádio até a televisão atual, em que atua freqüentemente, participou de novelas como "Casarão", "Pecado Capital" e "Brilhante", entre muitas outras. Também atuou em peças de teatro e filmes, como "Terra em Transe", de Glauber Rocha. É autor dos livros "Na Rolança do Tempo" (1976), "Bagaço de Beira-Estrada" (1977) e "Meia Porção de Sarapatel" (1986). Foi biografado por Mônica Velloso em 1998 no livro "Mário Lago: boêmia e política", lançado pela Editora FGV.
Por ter sido estudante do Colégio Pedro II da Unidade São Cristóvão, hoje em dia existe, em sua homenagem, dentro do colégio o Teatro Mário Lago, onde ali se faz apresentações do grupo de teatro do Colégio Pedro II da Unidade Engenho Novo (CRIARTE).
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